O outono sempre chega como um convite à contemplação. As folhas soltas, dançando ao vento, lembram-nos da leveza que também existe no deixar ir.
Entre passos e risadas dos nossos meninos, o chão vai se colorindo de amarelos, vermelhos e castanhos. Eles correm, chutam, espalham folhas como se o tempo fosse infinito — e talvez, para eles, seja mesmo. Cada folha lançada ao ar é um gesto de liberdade, uma descoberta, um instante que se multiplica em memórias.
Enquanto as árvores se despem, nossos meninos se enchem de vida. O outono mostra que a beleza está tanto no florescer quanto no cair. E assim seguimos, aprendendo com a estação: que soltar não é perder, é abrir espaço para o novo.
No rastro das folhas, fica a infância, inteira, vibrante e breve como o sopro do vento.
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