APRENDER A CRESCER

Oeiras/ Paço de Arcos, Portugal
O Centro de Tempos Livres tem como objetivo proporcionar experiências e oportunidades para o desenvolvimento harmonioso da criança no domínio sócio-afetivo, psico-motor, e intelectual em estreita colaboração com o meio de inserção da criança na família e na comunidade.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

“ O melhor chapéu de Palhaço”


                           Concurso “ O melhor chapéu de Palhaço”
                                                      
                  Regulamento:
                           Utilizar obrigatoriamente o chapéu fornecido pelo CATL.
                           O chapéu deverá  ser decorado pela  criança e um familiar.
                           No  chapéu deverá constar o nome dos autores.
                           Deverá ser entregue até ao DIA  12  de fEVEREIRO.
                        Serão entregue a todos um  diploma de participação e aos 3 melhores um prémio.
                                                                                      
E aqui estão os nossos chapéus muito criativos....





















terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Gosto de ti até à Lua

" Gosto de ti até à lua"

A Pequena Lebre Castanha, que se ia deitar, agarrou-se bem agarrada às orelhas muito compridas da Grande Lebre Castanha. Quis ter a certeza de que a Grande Lebre Castanha estava a ouvir.
- Adivinha quanto eu gosto de ti - disse ela.
- Ora bem, acho que não consigo adivinhar isso - disse a Grande Lebre Castanha.
- Gosto assim - disse a Pequena Lebre Castanha, esticando os braços o mais que podia.
A Grande Lebre Castanha tinha uns braços ainda maiores.
- Mas eu gosto de TI assim - disse ela.
«Humm, é muito», pensou a Pequena Lebre Castanha.
- Gosto de ti esta altura toda - disse a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti esta altura toda - disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo alto», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera ter uns braços assim.»
Então a Pequena Lebre Castanha teve uma boa ideia. Fez o pino, encostada ao tronco muito esticadinha.
- Gosto de ti até à ponta dos pés! - disse ela.
- E eu gosto de ti até à ponta dos teus pés - disse a Grande Lebre Castanha, fazendo-a girar por cima da cabeça.
- Gosto de ti até onde eu consigo SALTAR! - riu-se a Pequena Lebre Castanha, dando pulos e mais pulos.
- Mas eu gosto de ti até onde eu consigo saltar - sorriu a Grande Lebre Castanha, e saltou tão alto que as orelhas tocaram no ramo da árvore.
«Isto é que é saltar», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera saltar assim.»
- Gosto de ti o caminho todo até ao rio - gritou a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti até depois do rio e dos montes - disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo longe», pensou a Pequena Lebre Castanha.
Tinha tanto sono que já quase nem conseguia pensar.
Então olhou para além das moitas, para a grande noite escura. Nada podia ser mais longe do que o céu.
- Gosto de ti até à LUA- disse ela, e fechou os olhos.
- Ora, se isso é longe - disse a Grande Lebre Castanha. - É mesmo, mesmo longe.
A grande Lebre Castanha deitou a Pequena Lebre Castanha na caminha de folhas. Inclinou-se e deu-lhe um beijo de boas-noites.
Depois deitou-se muito pertinho e murmurou sorrindo:
- E eu gosto de ti até à Lua...

E DE VOLTA ATÉ CÁ ABAIXO.



quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

lenços dos namorados


Conhecem a história dos Lenços dos Namorados?

Um verdadeiro Património Cultural Português preservado até hoje, resumidamente, os Lenços dos Namorados eram pedaços de pano bordados por moças apaixonadas e em idade de se casar que presenteavam os seus amados com lenços que traziam frases e versos de amor.

Bordados coloridos, muitas vezes com erros ortográficos, a beleza destes lenços estava na pureza e sinceridade declarada de um amor que poderia ou não ser retribuído. O moço que recebesse o presente deveria usá-lo em local visível para que a amada soubesse que o amor era correspondido!

O período entre 1850 e 1950 é considerado o apogeu dos Lenços dos Namorados. Muitos dos lenços encontram-se conservados nas famílias, mas já existem alguns em museus. Entre os textos bordados sobressaem as quadras de inspiração popular. Do ponto de vista linguístico, constituem um documento de excecional valor: as bordadeiras, de escassa alfabetização escrita, representam a língua popular de modo direto, nos seus diferentes aspetos: fonético (bai por 'vai', cando em vez de'quando', mailo no lugar de por 'vai', cando em vez de'quando', mailo no lugar de 'mais o', e o num em vez de 'não'...), morfossintático e lexical. Os textos analisados, tal como aparecem nos lenços, com todos os seus "desvios" da língua culta e da ortografia padrão, conservam assim todo o seu valor documental como testemunhos da fala popular. Procedendo da zona setentrional de Portugal, a língua que oferecem é em grande medida idêntica ao galego. 

Aqui estão os nossos: